Natureza e budismo inspiram haicaísta


Orquestra de passarinhos
Antonio Marcos Amorim

Autor pratica haicai desde a adolescência

Coletânea de haicais (384 haicais do autor, mais 5 haicais e um tanka de Isabella Amorim). Ilustrações de Isabella Amorim. Prefácio do autor. Texto da contracapa de Monica Martinez. Inclui biografia. Inclui bibliografia. São Paulo, Scortecci Editora, 2013. 100 páginas, 14cm x 21cm. ISBN 978-85-366-3034-2.


Do texto das orelhas: “Formou-se e segue atuando como bibliotecário na Universidade de São Paulo; é pesquisador na área de Ciências da Informação e fã inveterado da leitura e literatura. Acabou tornando-se haicaista desde sua juventude, em finais dos anos 80, ao travar contato com eventos, livros nacionais e importados de haicai ou haiku e acerca do budismo e da filosofia zen-budista. É um seguidor de obras clássicas de haicais escritas tanto pelos grandes mestres japoneses dos séculos XVI a XVIII (Matsuo Bashô, Yosa Buson e Kobayashi Issa) como de novas publicações produzidas por brasileiros aqui nascidos, imigrantes japoneses ou não: Masuda Goga, Teruko Oda, Nempuku Sato, Benedita Azevedo, Paulo Franchetti, para citar apenas alguns”.

Amostras:

Estouram fogos
e o latir agudo:
reclama o cão

a pura alma
o tombo da menina
é só travessura.

final de tarde
se amontoam sabiás
a cantar entre nós

cedo, no elevador
em rodopios sem nexo
pernilongos aflitos